sábado, 21 de setembro de 2019

Lição 12 - 3º Trimestre 2019 - Ética Cristã na Vida Escolar - Juvenis.

Lição 12 - Ética Cristã na Vida Escolar 

3º Trimestre de 2019
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não nadará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).
OBJETIVOS
Apresentar os sentidos da palavra “mundo”;
Mostrar que não podemos viver fora do mundo;
Conscientizar sobre a importância da honestidade intelectual.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. QUE MUNDO É ESTE?
2. VIVENDO NUM CONTEXTO DIFERENTE
3. COMO POSSO SER LUZ DO MUNDO NA ESCOLA
4. HONESTIDADE INTELECTUAL
Querido (a) professor (a), um dos locais em que seus juvenis passam mais tempo certamente é no ambiente acadêmico – quer seja na escola, cursos ou mesmo para alguns na universidade. 
Junto à formação intelectual e/ou profissional, uma série de outros aprendizados, dilemas, desafios e situações diversas também podem formá-los no âmbito pessoal: o caráter na conduta diária, a forma de ser, pensar, agir, se relacionar com os demais, etc. Pensando nisto, sua revista de Escola Dominical também separou uma lição inteira para abordar o assunto da ética cristã na vida escolar.
Na próxima aula procure estar mais atenta aos relatos de seus alunos, a fim de conhecer mais a fundo suas rotinas, questionamentos e lutas diárias no meio estudantil ao qual estão inseridos. Como sempre lembramos neste espaço, ensinar/educar é bem mais do que apenas falar. Trata-se também de ouvir, se dispor, participar, ser exemplo... 
Além de todo conteúdo programático disponível em sua revista, a fim de lhe proporcionar mais um subsídio, disponibilizamos abaixo um artigo sobre o tema de autoria de um dos nossos comentaristas das Lições Bíblicas, que é mestre em teologia, professor universitário de Ética (dentre outras disciplinas) e autor do livro “O Cristão e a Universidade”, publicado pela CPAD: Valmir Nascimento.
Universidade: ambiente de desafios
O ambiente universitário sempre foi desafiador ao cristão. Ocorre que a própria vida cristã é por si mesma um enorme desafio. A questão é que a universidade possui a agravante de expor educacionalmente os crentes aos ensinamentos de [alguns] pensadores e filósofos ateus, agnósticos ou céticos que formularam críticas ferrenhas contra Deus e a Igreja, como é o caso de Voltaire, Nietzche, Bertrand Russel, David Hume, Michel Foucault e outros.
Como observou Phillip E. Johnson no prefácio do livro Verdade Absoluta (Nancy Pearcey, CPAD, p. 12), “cedo ou tarde o jovem descobrirá que os professores da faculdade (às vezes, até professores cristãos) agem conforme a suposição implícita de que as crenças religiosas são o tipo de coisa que se espera que a pessoa deixe de lado quando se dá conta de como o mundo de fato funciona; e que, em geral, é louvável ´crescer´ afastando-se gradualmente dessas crenças como parte do processo natural de amadurecimento”.
Além disso, o mundo acadêmico potencializa o risco do abandono da fé em virtude da nova percepção de vida que o jovem geralmente possui no período em que cursa o nível superior, que coincide com uma fase de busca de maior liberdade, independência e tentativa de rompimento com os paradigmas anteriormente vivenciados, principalmente a religião.
Não bastassem tais fatores, é possível mencionar ainda a influência negativa exercida pelas más associações (Sl. 1), resultado da amizade com pessoas destituídas de propósito e perspectiva de vida, os quais estão mais preocupados em “curtir” a vida por meio da sexualidade hedonista, consumo de álcool e drogas, ao invés de se dedicarem aos estudos.
A importância do estudo universitário
Apesar de indicadores nocivos à vida cristã no ambiente universitário, levando muitos jovens a se desviarem, a inserção do cristão no mundo acadêmico continua sendo algo vital. Isso porque, exatamente dos bancos das universidades estão saindo os líderes que irão influenciar culturas e ditar o(s) caminho(s) da política e da educação. Nesse sentido, se negligenciarmos o ensino de nível superior por causa do ataque à fé cristã, estaremos também negligenciando a necessidade de influenciar a cultura, a política e a educação por meio do evangelho de Cristo.
Parafraseando James Dobson, citado no livro As portas do inferno não prevalecerão (CPAD, p. 183) é possível dizer que: As crianças (e os jovens) são o prêmio aos vencedores da guerra social. Aqueles que controlam o que é ensinado aos jovens e o que eles vivenciam – o que vêem, ouvem, pensam e acreditam – determinarão os rumos do futuro da nação. Sob esta influência, o sistema de valores predominante de toda uma cultura pode ser redirecionado em uma geração, ou certamente em duas, por aqueles que têm acesso ilimitado aos jovens.
Preparando os jovens cristãos
Cientes desse cenário, ao invés de a igreja desestimular a ida dos cristãos para a universidade, precisa quebrar a velha e ultrapassada dicotomia entre fé e educação superior, preparando os cristãos a testificar sobre o Reino naquele ambiente. E felizmente isso tem sido cada vez mais frequente, com o surgimento de instituições que visam ajudar o cristão a viver a fé dentro do campus, como por exemplo a ABU – Aliança Bíblica Universitária e a Agência Pés-Formosos.
A preparação a que me refiro pode se dar em dois aspectos:
Primeiro, em relação ao ataque contra Deus e o cristianismo, o preparo precisa ser intelectual. Os jovens precisam receber educação cristã de qualidade, especialmente apologética, com vistas a rebater os argumentos que lhes são apresentados. Como bem escreveu Nancy Pearcey, “a apologética básica tornou-se habilidade crucial para a simples sobrevivência. (…) A tragédia é representada inúmeras vezes quando os adolescentes cristãos arrumam as malas, despedem-se dos pais e vão para universidades seculares, apenas para perder a fé antes de se formarem, tornando-se presas das mais recentes novidades intelectuais” (Verdade Absoluta, CPAD), p. 142).
Segundo, no que se refere à identidade do cristão, a preparação é eminentemente espiritual. O testemunho do jovem crente dentro da universidade decorre da sua comunhão com o Senhor, baseado em uma vida de entrega devocional irrestrita. Nesse caso, a espiritualidade vivenciada apta a produzir frutos não se contenta com o simples nominalismo, antes, deve estar consubstanciada em um compromisso verdadeiro de uma vida de dependência ao Senhor, oração e leitura da Bíblia. Nesse sentido, fazendo outra paráfrase, agora das palavras de Jesus, baseado em tudo o que já foi dito. Não peçamos para que Deus tire os jovens cristãos do campus (mundo), mas que os livre do mal (Jo. 17.15).
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

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