quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Lição 12 - 3º Trimestre 2020 - Lar e os meios de comunicação - Juvenis.

 


Subsídio da Revista Juvenis - Lição 12 - Lar e os meios de comunicação
3º Trimestre de 2020: Subsídio Especial
Objetivos:
1. Saber que os meios de comunicação podem interferir no relacionamento familiar.
2. Compreender que o lar precisa estar sujeito ao comando de Cristo.
3. Aprender como os meios de comunicação podem ser usados para o benefício do lar.
Enfoque Bíblico: “Com sabedoria se edifica a casa, e com inteligência ela se firma.” (Provérbios 24.3)
“Uma boa conversa é uma ferramenta poderosa. Palavras ditas de maneira clara e respeitosa, sob a motivação do amor e do cuidado podem acertar o coração como uma flecha bem lançada ao seu alvo. Conversar é mais que importante, é necessário. Os adolescentes querem ser ouvidos e compreendidos. Eles precisam disso.
Infelizmente, todos os recursos tecnológicos que existem não podem garantir uma boa comunicação. Ao contrário, muitos podem, inclusive, inviabilizá-la. (Afinal, qual telefone, e-mail ou aplicativo substitui um bom ‘olho no olho’?) Assim, embora a sociedade e as tecnologias tenham evoluído muito, comunicar-se de maneira eficaz ainda é um grande desafio.
Quando se trata de adolescentes a situação é um pouco mais complexa. E isso independe do temperamento e personalidade do líder. (Alguns acreditam que pessoas extrovertidas têm mais facilidade de comunicação, mas isso é uma falácia. Comunicação tem mais haver com a capacidade de ouvir do que de falar.)
Um fato complicador da comunicação com os adolescentes é sua herança familiar nessa área, ou seja, suas experiências (de sucesso ou frustrantes) com os pais. Muitos chegam à adolescência vivenciando um mundo de silêncio e imobilidade, pois não possuem liberdade de expressar-se dentro de casa. Outros só conhecem discussões abrasivas. Há àqueles que cresceram em um contexto de liberdade de expressão desmedida e por isso intrometem-se em assuntos inadequadamente.
Sobre isso vale compartilhar as palavras do Psicólogo Allan Moraes:
A adolescência é como se os jovens entrassem num mundo novo, uns empolgados, outros temerosos, outros decepcionados, outros sem direção, e daí vai... O fato é que tais sensações nem sempre são compartilhada com os adultos, seja porque os jovens não se sentem à vontade e confiantes de expor, ou pelos pais (ou lideres) não terem habilidade e estrutura para um bom e saudável diálogo. É aí que os adolescentes reforçam algumas atitudes de isolamento (ou distanciamento) para com estes adultos e podem buscar referências em figuras externas e em seus pares.
Certo é que as experiências de comunicação da infância e do ambiente familiar irão dar frutos na adolescência e o líder terá contato com estes frutos enquanto desempenha o seu trabalho.
Infelizmente essa geração tem crescido de maneira solitária (entregue à internet), sem receber atenção devida, seja porque os pais são ausentes ou porque mesmo presentes têm seu tempo consumido pelo trabalho. De modo que muitos adolescentes são especialistas em contatos virtuais e inexperientes e crus no contato pessoal direto.
Sobre isso, Sharon Jaynes aponta em seu livro Grandes mães criam filhos felizes uma pesquisa sobre o tempo que pais gastam em conversa com seus filhos, e o resultado é alarmante:
... mães que permanecem em casa gastam aproximadamente trinta minutos do dia conversando com suas crianças, e as mães que trabalham fora de casa, gastam apenas onze minutos. Agora, se assumirmos que na metade desse tempo um dos pais está falando, o tempo de escuta cai para quinze minutos para a mãe que permanece em casa e para cinco minutos e meio para a mãe que trabalha fora.
Se comparado às horas que um adolescente fica isolado diante da TV e internet, o tempo em diálogo familiar é medíocre. Majoritariamente, por causa dessa realidade, os adolescentes estão carentes de atenção. Eles têm muitas ideias, sentimentos e dúvidas para compartilhar!”
VAZ, Flavianne. Liderando Adolescentes: Orientações fundamentais para líderes, professores e pais. Rio de Janeiro: CPAD, p. 56,57.

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