Lição 13 - A Humildade e o Amor Desinteressado
4º trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES E DOS CONVIDADOS
II – AS GRANDES LIÇÕES DA PARÁBOLA E A INVERSÃO DA LÓGICA HUMANA
III – A RECOMPENSA DA HUMILDADE E DO ALTRUÍSMO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES E DOS CONVIDADOS
II – AS GRANDES LIÇÕES DA PARÁBOLA E A INVERSÃO DA LÓGICA HUMANA
III – A RECOMPENSA DA HUMILDADE E DO ALTRUÍSMO
CONCLUSÃO
INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
Esta parábola é registrada uma única vez, em Lucas 14.7-14, com a finalidade de ensinar o valor da humildade como marca de um verdadeiro seguidor de Cristo. Jesus havia observado que muitos buscavam ocupar os primeiros asssentos nas celebrações festivas, e, que esta busca, demonstrava alguns problemas que deveriam ser confrontados. Nesta parábola há a informação que um fariseu, possivelmente muito rico e detentor de muitos bens (Lc 14.12), convidou Jesus para um banquete em sua casa. Embora este convite ter sido feito aparentemente de forma amistosa, a intenção deste fariseu era observar Cristo “mais de perto” para encontrar nEle algo que pudesse condená-lo (Lc 14.1).
Lockyer destaca que as pessoas que tinham a intenção de “pegar” Cristo em uma armadilha estavam “cegas pelo preconceito e esqueceram que o convidado a partilhar de sua hospitalidade, era o Senhor Onisciente e, como tal, estava em grande vantagem sobre eles. Eles não podiam ler os seus pensamentos, mas ele podia ler os deles e, nas parábolas desse capítulo, ele revelou os pensamentos que lhes iam na mente, e o significado sinistro dos seus atos. Naquela tarde memorável de sábado, ele dominou aquelas pessoas, e elas não o manipularam”.1
Era comum neste contexto haver uma distribuição especial de lugares para os convidados, que normalmente, se assentavam ao redor de uma mesa quadrangular, onde na posição central se posicionava o peersonagem mais importante da situação, e, bem próximo a ele, à esquerda e à direita, posicionavam-se os convidados mais importantes. Era comum também para um convidado sentir a necessidade de ser honrado pelo anfitrião, e este comportamento por si só não era errôneo, porém, a necessidade de buscar tal honra, somada ao desejo de torná-la essencial na ordem de prioridades pessoais, demonstrava ausência de humildade e desejo por reconhecimento humano.
A lição desta parábola é clara e objetiva ao exaltar o valor da humildade como marca indelével dos seguidores de Cristo, conforme Lucas 7.11: “Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”. Neste contexto, composto por fariseus, doutores da lei e religiosos de forma geral, a passagem de Provérbios 25.6-7 era bem conhecida: “Não te glories na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes; porque melhor é que te digam: Sobe para aqui, do que seres humilhado diante do príncipe a quem já os teus olhos viram”. Jesus por intermédio desta parábola tinha a intenção de ensinar o caminho correto do reconhecimento ao demonstrar que o convidado deveria ocupar os últimos lugares, e então, a partir dessa situação, recebesse o convite para ocupar outras posições de privilégio. Caso essa realidade não fosse aplicada, o convidado que tomou a atitude de ocupar o lugar de destaque sem ser convidado, poderia ser repreendido pelo anfitrião e deveria deixar o lugar que ocupava, gerando assim um grande constrangimento para si.
A lição repousa na ideia de que ocupar uma posição inferior possibilitava experimentar algo extraordinário, ou seja, ao portar-se de maneira humilde o convidado poderia trilhar um caminho de “ascenção” natural, uma vez que, se convidado fosse, avançaria em relação a posição que ocupava. Ao contrário, se ocupasse uma posição superior, sem ter sido convidado para isso, experimentaria o caminho do “declínio”, sendo convidado para se retirar de tal posição para ocupar um lugar inferior. Conegero destaca que “é melhor ser humilde em uma posição inferior do que um usurpador em uma posição superior”.2
Jesus estava demonstrando que seria prudente a qualquer convidado ocupar sempre o lugar de menor destaque à mesa, e que esse comportamento deveria ser sincero, transferindo para o anfitirão a prerrogativa do julgamento de importância e reconhecimento. Não se trata de um ensinamento dirigido ao cumprimento de regaras, mas sim, uma lição de humildade ensinada por Jesus.
Champlin destaca na reflexão de Lucas 14.10 que “era prudente ou sábio, por motivos de auto-respeito, escolher uma posição inferior, a fim de que, qualquer modificação na posição dos convidados, não deixasse de melhorar a posição do último colocado”.3 Este autor também destaca que na prespectiva espiritual, “não é apenas prudente, e, sim, necessário, desenvolver uma atitude humilde no tocante à própria posição social e no tocante à vida em geral”.4 Jesus ensina aqui que a atitude humilde “deveria ser a verdeira expressão da personalidade e não tão somente uma ação sábia para impedir a possibilidade de ser envergonhado”.5 Jesus era um convidado digno de honra naquele banquete, porém, tomou o lugar mais humilde do ambiente para compartilhar uma extraordinária lição de humildade e honra.
A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal resume os ensinamentos de Jesus nesta parábola em duas partes: (a) Primeiro – dirigiu-se aos convidados dizendo-lhes que não buscassem lugares de honra, pois no Reino de Deus o serviço é mais importante do que a posição. (b) Segundo – disse ao anfitrião que não fosse excessivamente seletivo quanto aos convidados, numa referência direta à importância da prestação do serviço à todos, ou seja, o ensinou que Deus abre as portas do seu Reino a todos.6
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.
1 LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia - Uma análise detalhada de todas as parábolas das Escrituras. São Paulo: Editora Vida, 2006. p.351.
2 CONEGERO, Daniel. A parábola dos primeiros lugares. Disponível em <https://estiloadoracao.com/parabola-dos-primeiros-lugares/> Acesso em 20 de Jan. de 2018.
3 CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. Vol. 2. São Paulo: Haganos, 2002. p. 144.
4 Ibidem.
5 Ibidem.
6 Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. p. 1383.
2 CONEGERO, Daniel. A parábola dos primeiros lugares. Disponível em <https://estiloadoracao.com/parabola-dos-primeiros-lugares/> Acesso em 20 de Jan. de 2018.
3 CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. Vol. 2. São Paulo: Haganos, 2002. p. 144.
4 Ibidem.
5 Ibidem.
6 Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. p. 1383.
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